Prooemĭum


Prooemĭum


Hoje inicia mais um ano. Com ele, por toda a parte, se multiplicam e renovam votos de um próspero recomeço. A esperança de que todos os sonhos e compromissos sejam, por fim, concretizados. Frases como “vamos fazer deste ano o melhor das nossas vidas, pois apenas depende de nós e a vida é o conjunto das nossas escolhas” repetem-se como máximas que se não evocadas agoiram, condicionando a vida de qualquer mortal.

Na verdade, em cada novo ano, queremos somente o resultado das promessas e desejos, mas rejeitamos o processo de realização e, consequentemente, a nossa responsabilidade no incumprimento das mesmas, certamente, por falta de compromisso.
Não sei ainda o que pretendo para este ano; talvez, por falta de uma certa ambição, apenas “que a vida me corra”, como dizem os populares. Contudo propus-me a seguir os exemplos de José e de Maria, o casal dos sonhos e do silêncio (cf. Mt 1, 24; Lc 2, 50). E é no silêncio, para que as minhas palavras não sejam acúfenos e desprovidas de razão e utilidade, que meditarei cotidie mais as bênçãos que as imprecações.
É assim que nasce este cotidianum meum

Nonnus



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